Governo investe R$ 75 milhoes maior instrutura cientifica e acelerador de partículas brasileiro (SIRIUS)










Para garantir a continuidade do projeto Sirius, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) assinou nesta semana um termo aditivo em seu orçamento, no valor de R$ 75 milhões. Localizado em Campinas (SP), o Sirius é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País, e uma das primeiras fontes de luz síncrotron de 4ª geração do mundo. 
Atualmente está concluída a fase de construção civil do Sirius – que tem o tamanho de um estádio de futebol –, e hoje estão sendo realizados testes nos aceleradores. Os recursos liberados permitirão a continuidade dos testes e a construção das estações experimentais, conhecidas como “linhas de luz”. É o que afirma o diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Antonio José Roque da Silva, organização social vinculada ao MCTIC e responsável pelo Sirius. 
“Estes recursos são fundamentais para que possamos concluir as primeiras linhas de luz, que é onde os experimentos serão feitos de fato,” afirma. “A perspectiva é de que possamos fazer as encomendas necessárias para a entrega das primeiras estações experimentais para testes, visando a abertura das linhas para a comunidade científica e tecnológica no início de 2020.”
O CNPEM conta com 250 colaboradores diretamente envolvidos com a implementação do Sirius, além de centenas de outros profissionais, ligados ao projeto por meio de empresas fornecedoras de produtos e serviços. O Sirius tem, entre seus objetivos, o de ajudar a alavancar a inovação nas empresas brasileiras, com a execução de grande parte de seus recursos dentro do País.
Após a conclusão do projeto global, que inclui a montagem de 13 linhas de luz até o fim de 2020, milhares de pesquisadores brasileiros poderão ser atendidos nas instalações científicas do Sirius. Além disso, sua infraestrutura irá constituir um polo de atração para cientistas estrangeiros, já que se trata de um equipamento de última geração no mundo.
“O Sirius é um projeto estruturante para o país”, ressalta o diretor. “Ele gera ciência de ponta, estimula a inovação e o desenvolvimento tecnológico e envolve recursos humanos altamente qualificados em seu projeto e operação. Tem, ainda, um papel na internacionalização da ciência brasileira, além de refletir positivamente na autoestima dos brasileiros, pois com ele percebemos a nossa capacidade de construir projetos dessa magnitude.”
Ao longo deste ano, o ministro do MCTIC, Marcos Pontes, vem apontando o Sirius com umas das prioridades para a recomposição do orçamento do MCTIC, juntamente com os recursos para suas entidades vinculadas e para as bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o que significa que novos recursos devem ser liberados em breve para o projeto.
“A prioridade dada ao projeto pelo ministro tem sido importante, e demonstra o seu foco no papel da ciência e tecnologia para a mobilização de soluções para o país, assim como para a inserção do Brasil no cenário mundial,” diz Roque. “O Sirius é mais uma grande ferramenta que o MCTIC está entregando para ajudar a resolver os desafios do País.”
Novos testes
Em março deste ano (LINK http://cnpem.br/primeira-volta-de-eletrons-e-alcancada-no-segundo-acelerador-de-particulas-do-sirius/) foi realizada a primeira volta completa de elétrons no segundo, dentre os três aceleradores do Sirius: o Booster. Cada acelerador é um equipamento finamente ajustado, ao longo do qual os elétrons devem percorrer uma trajetória com precisão micrométrica. 
O Sirius possui três aceleradores de elétrons, que são responsáveis por gerar a luz síncrotron. Um primeiro acelerador linear (Linac) produz e acelera os elétrons, que são conduzidos ao acelerador injetor (Booster), e no qual permanecem até que alcancem os níveis de energia necessários para gerar a luz síncrotron. Só então o feixe é depositado no acelerador principal, onde os elétrons circulam por longos períodos, dando cerca de 600 mil voltas por segundo.
“Nas próximas semanas faremos os testes finais no segundo acelerador, o booster, alcançando a sua energia máxima, de cerca de 3 bilhões de elétron-volts (3 GeV),” conta Roque. “A previsão é de iniciarmos a injeção de elétrons no acelerador principal até agosto.” O diretor-geral afirma que após os testes haverá uma fase de comissionamento e de montagem das primeiras linhas de luz. 

“Os recursos liberados agora serão essenciais para a continuidade do projeto, visando dar início ao uso do equipamento e realizar os primeiros experimentos científicos no Sirius em um futuro breve,” conclui.






Conheça 4 telescópios online para observar o universo de perto


4 telescópios online para observar o universo do conforto da sua casa

Telescópios
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 O melhor de tudo é que você não precisa sair do conforto da sua casa para isso.Todo o processo para utilização dos chamados telescópios online é realizado pela internet. Por meio dos portais de cada projeto, você escolhe o objeto que deseja visualizar e, algum tempo depois, recebe um e-mail com as imagens tiradas.
Há vários serviços de astronomia online disponíveis. O Tecmundo fez uma seleção de alguns deles, mostrando um pouco da estrutura oferecida e como eles funcionam. Confira abaixo.



Bradford Robotic Telescope






Constelação do Escorpião (Fonte da imagem: Bradford Robotic Telescope). Telescópios
Constelação do Escorpião (Fonte da imagem: Bradford Robotic Telescope).

Localizado em Tenerife, nas Ilhas Canárias, o Bradford Robotic Telescope conta com um telescópio de 14” (aproximadamente 355 milímetros) de diâmetro para a captura das fotos.
As imagens solicitadas são enviadas em poucos dias para o email cadastrado. Porém, quando o volume de atividades do telescópio é mais intenso, as fotos podem levar até algumas semanas para ser registradas e enviadas para quem as solicitou.
Uma característica bem interessante do Bradford Robotic Telescope é que você pode visualizar o exterior do observatório por meio de diversas câmeras posicionadas nas instalações. Há também webcams que registram o céu da região durante a noite.
O serviço é totalmente gratuito e é direcionado para quem deseja observar uma área maior do céu, como constelações. Clique aqui para acessar.

Micro-Observatory





Centaurus A (Fonte da imagem: Micro-Observatory). Telescópios
Centaurus A (Fonte da imagem: Micro-Observatory).

O Micro-Observatory possui telescópios nas cidades de Cambridge, Massachusetts e Amado, no Arizona. Os aparelhos possuem 6” (aproximadamente 150 mm) de diâmetro.
As imagens solicitadas são enviadas para o email cadastrado em até 24 horas. O tempo máximo de espera, segundo os criadores do projeto, é de uma semana. A foto registrada fica armazenada nos servidores do serviço por, no máximo, 30 dias.
O interessante do Micro-Observatory é que ele mantém uma galeria com diversas imagens registradas ao longo do mês. A ideia é que as pessoas utilizem as fotos já feitas e solicitem apenas o registro de objetos que não estiverem na lista.
Não é preciso pagar nada para utilizar os recursos do Micro-Observatory, e você pode solicitar imagens de objetos mais específicos, como nebulosas e aglomerados. O observatório opera no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Clique aqui para acessar.

Slooh





Observatório no Chile do Slooh (Fonte da imagem: Slooh)
Observatório no Chile do Slooh (Fonte da imagem: Slooh)

O observatório do Slooh está localizado na cidade de Santiago, no Chile, e é capaz de cobrir todo o céu do hemisfério Sul. O serviço conta também com telescópios de 14” (aproximadamente 355 milímetros) de diâmetro nas Ilhas Canárias.
As fotos são enviadas em apenas alguns minutos para quem as solicitou. O tempo máximo de espera é de algumas horas. Os arquivos de imagem são armazenados nos servidores do Slooh por tempo indeterminado, ficando à disposição não só da pessoa que a pediu, mas de toda a comunidade que paga para utilizar os telescópios.
O que chama a atenção para o Slooh é a agenda de eventos que ele oferece. Eclipses, trânsitos e ocultamentos podem ser vistos, ao vivo, pela página do serviço. Assim, você consegue ficar por dentro de tudo o que acontece no céu, mesmo que a atividade não seja visível da sua localização.
Infelizmente, o Slooh não é gratuito. O serviço possui planos mensais e anuais, mas apenas aqueles com valor superior a US$ 100 permitem que você peça quantas imagens do céu quiser. Clique aqui para acessar.

Global Rent-A-Scope





Ômega Centauro (Fonte da imagem: Global Rent-A-Scope)
Ômega Centauro (Fonte da imagem: Global Rent-A-Scope)

O Global Rent-A-Scope, também conhecido como GRAS, conta com telescópios nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa. A ideia do projeto é que haja colaboração internacional em nome da pesquisa e do registro de imagens do céu profundo.
As fotos solicitadas levam alguns dias para ser enviadas ao email cadastrado, mas o resultado normalmente vale a pena. O serviço não é gratuito, mas você pode utilizá-lo por 30 dias sem pagar nada a fim de testar os recursos oferecidos.
O interessante do GRAS é que não há nenhum grande centro de pesquisas por trás do projeto. Tudo é feito por astrônomos amadores e profissionais que desejam ajudar na divulgação da astronomia e no estudo do céu. Clique aqui para acessar.

Vale lembrar que…

Apesar de fazerem uso de um sistema online para solicitar e entregar as imagens do céu, os telescópios encontram-se em uma instalação física.
Dessa forma, o clima da região influencia diretamente na qualidade das fotos tiradas. Caso o céu esteja encoberto no local, não há como as imagens ficarem boas.
Por isso, pode ser preciso um pouco de paciência para conseguir a imagem do objeto desejado. Uma boa saída para contornar esse problema de clima é solicitar fotos do mesmo objeto em mais de um serviço.
Assim, a chance de o telescópio conseguir capturar a área do céu desejada é maior.
fonte :tecmundo